segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um lamento qualquer em dois atos

O dia vai chegando
na sua segunda hora
e sentado na cama
dedilho as cordas do violão

Apago as luzes
e só as cordas ressoam
no escuro do meu quarto
sou feio, mas não importa

De nada vale
é um mundo de cegos
onde sons agradáveis
valem mais que aparências

II

Me permita chorar
no escuro da cama
quando penso quem sou
e na vida que tenho

Me perdoem
por pensar todas as noites
como seria melhor se eu não tivesse nascido
sonho com isso sempre

E nos sonhos alegres
me vejo feliz existindo
no limbo dos nunca nascidos
sem conhecer a dor da vida

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