Por muito tempo eu quis
Ser outra pessoa
Alguém que eu julgava melhor
Calcei os sapatos azuis
Embarquei naquela canoa
E derramei o meu suor
Anos gastos no túnel
Sem ver direito a luz
Como uma grande miopia
Esperando chegar o dia
Corri para ser alguém
Vivi os anseios dos outros
E meus sonhos eram poucos
Um dia acordei e olhei as cortinas
Decidi encarar o mundo
As ruas e suas esquinas
Explorar a alma a fundo
A expectativa alheia
Não é mais meu farol
Agora busco meu próprio sol
E minha lua cheia
Tenho um penteado novo
que incomoda alguma gente
mas sigo indiferente
Tenho um novo pensamento
Que irá me levar longe
E pode durar um momento
Mesmo quando as máquinas dormem
Eu continuo aqui
Não posso desistir de mim
quinta-feira, 28 de março de 2024
Permanência
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024
Rá! E cai
Nem nuvem no céu azul com o calor que faz tenho medo de rimar
O Sol vem todos os dias Só vem para queimar A manhã que nasce amena Na manha se põe sem pena mas amanhã vem brilhar
Não escrevo pra salvar vidas
Nem minha nem de ninguém
nem me atrevo a posar de herói
e pintar um quadro que não convém
quero é o caos das verdades caídas
homens maus que enganam por enganar
Sou talvez aquela noite escura de lua nova e sem estrelas
Cave a cova sem que possa vê-la
Um lamento, muxoxo, lamúria
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