segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Dia de chuva na métropole do Sol

Nem todo dia é ensolarado
nem sempre se ferve a mente
quando o calor não é infernal
se esconde o Sol inclemente
e chove um pé d'água retado
de chuva de doer na gente

E inunda a rua
e o onibus para
a cidade engarrafa
carro atola em poça d'água

O céu fica escuro
como se fosse mais tarde
o dia some com medo
a noite chega sem alarde
e quem pensa ser mais cedo
Tá errado - eu juro

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Pequenos atrasos do cotidiano

João ia conhecer a cidade
mas perdeu o ponto
Maria abraçaria a felicidade
mas não leu o conto
O carro que faria a curva
escorregou no molhado da chuva

Pequenas tragédias, nenhuma comédia
talvez ironias do destino
esse maroto menino
que vive na tragicomédia

o onibus cheio te dá bom dia
e lamenta por quem não veio
acordou mais tarde, creio
se atrasou pro serviço que faria

A madame no ar condicionado
também se atrasa
me parece que o tempo passa
até pro carro importado

A verdade que não há hora
estamos sempre perdidos
até mesmo o recém-nascido
tá atrasado por isso chora