sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Um escrito platônico pra ser guardado

De longe da pra ver
Seus cabelos vermelhos
E seu jeito alternativo

Ela está no ponto
esperando o ônibus
Sua camisa de banda e seus oculos escuros
Combinam perfeitamente

E lá está ela

Nosso ônibus chega
E ela vai embora

Eu espero até o dia seguinte
Onde esse breve escrito recomeça
E assim durante toda a semana

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sem Título III

A volta à rotina
É a volta ao eterno desânimo
E o contínuo pensamento em desistir

Onde estão os ET's
Que abduziam as pessoas
Sumiram, saíram de moda
Estou precisando de uma visita
Urgente
Quero ir pra um lugar melhor

Não quero lembrar
Que pertenci a esse mundo
Que vivi essa minha vida
Quando eu acordar em outra galáxia
Notarei com alegria
Que foi apenas um longo pesadelo

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Éolo

O vento é o ar em movimento
Essa rima é inútil
Mas queria começar rimando

Com esse calor desgraçado
Aqui próximo do Equador
Não é tão inutil que o ar se mova
Talvez por isso vim escrever na rede

Pegar ônibus me inspira a escrever
mas hoje eu saí apressado
Esqueci o bloco e a caneta em casa

Sento aqui com o violão
pensando em alguma canção
Mas se só uma eu sei tocar
Então pra que tanto pensar ?

Na verdade eu sei algumas
Mas a rima estava pronta assim
E deveria terminar ali
No auge

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Estação Cogumelo

Ponto vazio
uma tia gorda esperando
O que mais tem na ruas são essas tias

Hoje eu não perdi o buzu
mas tô com fome
Eu sempre dou azar com esse ônibus

Vento massa aqui na estação
carros passam e voltam
outros vão de novo
nunca mais os verei
ou não

A estação é colorida
espectros mágicos multi-coloridos
Um vórtex psicodélico
Os pombos voam loucamente, ou dançam ?
Motivados por algo lisérgico

A tia gorda se foi
o ácido acabou aqui
Eis que ela volta dançando, apoiada na muleta
Se agarrando com o policial

Surreal