Para onde vai
O fluxo da cidade
Viadutos e avenidas
Todas entupidas
Passa um carro branco
sou mais um na multidão
A metrópole sofre hipertensão
E nem pensa nas vidas
Um rapaz vai ao cinema
com a namorada
Balde de pipoca, mãos dadas
filme francês ou de herói
Velhas cheirando a alfazema
Um carro preto passa
E entope a avenida da cidade
Ninguém se move e na verdade
A cidade vai sem graça
Prédios, asfalto, sinto calor
O tal progresso destruiu tudo
Seu carro caro não sai do lugar
Buzinas são a orquestra da sua rua
O silêncio ficou sem valor
O futuro não é mudo
Eu só tento falar
A minha verdade crua
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