quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Retrospectiva (ou uma útil reflexão)

A vida, como venho vivendo
É perda de tempo
Sem glórias
O tempo passando
Sem projetos
O que irei contar pros meus netos?
Nada. Já vou me acostumando

Queria apagar o passado
Corrigir meu passo
Não ser um fracasso
Mas estou atrasado

Olho no relógio
É muito tarde
Aquele sentimento que invade
Tem sempre amargo sabor
Se parece com uma dor
E não era óbvio

Hoje eu sei e confirmo
Se chama ressentimento
Que come meu coração a ritmo lento
Como uma valsa maldita e eterna
Essas longas angústias modernas

Penso - reafirmo

É tarde pra pular da cama
É tarde pra sair da lama
Pra fingir se importar
Pra perder tempo em tentar

A vida é um longo caminho
Lento até o destino final
Rápido como o seu funeral
Onde sempre se morre sozinho

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