sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Uma cidade

A cidade engarrafa, a cidade cresce
Um calor que abafa, a insanidade aparece
Indo desordenadamente já não somos poucos
Vindo gente sem mente já estamos loucos

Esse mar de concreto que invade
a inundar o deserto que arde
e traz todo dia o calor
faz o vento parecer vapor

Nem Deus salva a dor dessa gente
e seu amor pela vida indecente
esses eternos dias obscenos
onde sempre se espera menos

nas ruas sujas da capital
ou nessas praias poluídas
não pegue a porta de saída
não tão perto do carnaval

entre intrigas e ônibus cheios
corre em silêncio o tal progresso
chegam empresas, negócio expresso
sobem prédios, todos feios

II

E quando chove na cidade
na verdade não tem graça
basta ver quando ela passa
pra entender a realidade

um alagamento em cada esquina
na rua um asfalto que cede
outro assalto que a polícia não impede
É notícia de ontem que virou rotina

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