segunda-feira, 1 de julho de 2013

Longas horas

Procuro em invisíveis caixas de correio
mensagens em cartas em branco, perdidas
No escuro imagino. Vejo marcas na alma

O sonho me feriu, acordar aumentou as feridas
quem me viu chora por uma mão que não veio
o golpe que acertou em cheio foi renunciar à calma

Despero foi o companheiro da noite infinita
sozinho olhando pro nada esperando uma salvação
numa apatia que matou todo dia e cada emoção
o conformismo foi aceitar essa vida maldita

Pago o preço por acreditar completamente
em algo que me desprezou sem pena
surreal pensar agora naquela triste cena
ignorar o mal enorme que por ora sente

mas quando amanhece é perfeito
o corpo até esquece aquela dor
o espírito releva a tempestade anterior
a realidade da manhã é de outro jeito

se tornam irrelevantes as poças no chão
foram sinais de antes, da noite terrível
quero olhar pra cima e ver o Sol incrível
um dia só nasce alimentar o coração

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