Falo
Falo muito pouco
Ouço
Tanto e fico rouco
Em dias sempre iguais
Problemas alheios atuais
Sempre os mesmos
Apertados numa folha de papel
Torre de babel
Como o metrô lotado
o ônibus apertado
o espaço é caro
conforto é raro
Passo meus dias fechado
no conforto opressivo dessa sala
paredes brancas que não dizem nada
burocratas de rosto fechado
papéis inúteis, carimbados
todo mundo é filho de alguém
aqui viram números guardados
no frio do ar condicionado
Relegados a serem ninguém
assim como estou aqui e agora
sem saber se ainda sou um quem
entre paredes sempre brancas
um mundo morto sem cor
anestesiado pra não sentir dor
às vezes pensando em fugir
como pássaro voar
do décimo terceiro andar
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023
Andar
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