Uma garça
voando na imundície
De um rio hoje esgoto
Procurando o que comer
Parada, olhando abaixo da superfície
Não mais flutuando no vazio
mas sim no lodo podre ignoto
Aquela fotografia urbana
No aniversário da cidade
Me fez pensar nos outros
Que vivem a mesma realidade
Muitos vivendo no lodo
Encarando a dura verdade
Fugindo da maré cheia
mas outros, bem poucos
Vivendo da desgraça alheia
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