Hoje depois de muito tempo
voltei pra casa pela orla
para ver o mar
Mas de que adiantou
se a viagem foi de noite
se sentei do lado contrário
So vi carros indo
e pessoas apressadas vindo
de repente uma curva foi feita
e tudo voltou ao cotidiano
terça-feira, 30 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
Pensamento perdido
A pior coisa que há
é perder um pensamento
ontem mesmo, por exemplo
tinha um bom texto na mente
juro que era
E pela demora em escrevê-lo
devo ter dormido, acho
perdi para sempre
apagou-se na mente
e vaga pelo cosmos
no universo das idéias perdidas
esse espaço superlotado
que tem com certeza
pensamentos de cada um
é perder um pensamento
ontem mesmo, por exemplo
tinha um bom texto na mente
juro que era
E pela demora em escrevê-lo
devo ter dormido, acho
perdi para sempre
apagou-se na mente
e vaga pelo cosmos
no universo das idéias perdidas
esse espaço superlotado
que tem com certeza
pensamentos de cada um
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Aula
Chego tarde na aula
me atraso de propósito
para passar o menor tempo
ouvindo debates repetitivos
Na frente da sala
a professora vai falando
prefiro me perder nesse texto
esperando as horas passarem
A sala está cheia
de pessoas interessadas
ou aparentemente estão
não sei onde estã suas mentes
A hora insiste em não passar
mesmo que eu olhe o relógio
a cada instante
na esperança de acabar
me atraso de propósito
para passar o menor tempo
ouvindo debates repetitivos
Na frente da sala
a professora vai falando
prefiro me perder nesse texto
esperando as horas passarem
A sala está cheia
de pessoas interessadas
ou aparentemente estão
não sei onde estã suas mentes
A hora insiste em não passar
mesmo que eu olhe o relógio
a cada instante
na esperança de acabar
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Sorrisos amarelos
Dê um sorriso amarelo
e diga que está tudo bem
Quando for perguntado
Mesmo que seja uma grande mentira
Chegue ao fundo do poço
da sua vontade de viver
pense num modo
de deixar de existir
Who cares
about your life
about your emotions
Nobody cares
Fuja enquanto é tempo
Desista enquanto as fichas são baixas
A vida é para os fortes
de corpo e espírito
e diga que está tudo bem
Quando for perguntado
Mesmo que seja uma grande mentira
Chegue ao fundo do poço
da sua vontade de viver
pense num modo
de deixar de existir
Who cares
about your life
about your emotions
Nobody cares
Fuja enquanto é tempo
Desista enquanto as fichas são baixas
A vida é para os fortes
de corpo e espírito
domingo, 14 de novembro de 2010
Simples cotidiano II
Enquando dormia
sonhei com poker
com bombas atômicas
e com minha família
Nem Freud explica
o sentido desses sonhos
e a ligação entre eles
A completa afirmação do nada
e a psicodelia do inconsciente
A viagem foi inútil
de volta ao ônibus
dessa vez do lado do Sol
experimentando o verão que virá
Trinta graus, marca o relógio
na frente do ponto
Trinta graus é a temperatura
que o homem derrete, penso eu
Queria uns dias nublados
pra viver esse cotidiano
sonhei com poker
com bombas atômicas
e com minha família
Nem Freud explica
o sentido desses sonhos
e a ligação entre eles
A completa afirmação do nada
e a psicodelia do inconsciente
A viagem foi inútil
de volta ao ônibus
dessa vez do lado do Sol
experimentando o verão que virá
Trinta graus, marca o relógio
na frente do ponto
Trinta graus é a temperatura
que o homem derrete, penso eu
Queria uns dias nublados
pra viver esse cotidiano
sábado, 13 de novembro de 2010
Simples cotidiano I
Era uma tarde de novembro
Céu Azul
Fazia calor na cidade
O vento que batia
pensava no ano que viria
com alguma esperança de mudança
Pessoas alheias a isso
nas filas esperando o ônibus
pra voltarem às suas vidas
A fila cresce e o ônibus não vem
pessoas já impaciente esperam
um homem passa vendendo café
Alguns mexem no celular
outros conversam
muitos apenas esperam
minutos que duram uma eternidade
que justificam o estar atrasado
e o onibus cheio
Então chega ele
tão esperado
o salvador
Lado da sombra
pra ir curtindo a viagem
chega o sono
Quem senta do lado
insiste em tentar ler
sinais quase indecifráveis
de um alfabeto particular
Céu Azul
Fazia calor na cidade
O vento que batia
pensava no ano que viria
com alguma esperança de mudança
Pessoas alheias a isso
nas filas esperando o ônibus
pra voltarem às suas vidas
A fila cresce e o ônibus não vem
pessoas já impaciente esperam
um homem passa vendendo café
Alguns mexem no celular
outros conversam
muitos apenas esperam
minutos que duram uma eternidade
que justificam o estar atrasado
e o onibus cheio
Então chega ele
tão esperado
o salvador
Lado da sombra
pra ir curtindo a viagem
chega o sono
Quem senta do lado
insiste em tentar ler
sinais quase indecifráveis
de um alfabeto particular
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Um épico
Meu sonho era escrever
um poema épico, heróico
que estivesse nos livros de história
como nome de herói nacional
Perpetuando meu nome
para todas as gerações futuras
terem algum motivo
pra se orgulharem de mim
Nem isso consegui
escrevo esse poema frustrado
que faz companhia
a outros tanto iguais
um poema épico, heróico
que estivesse nos livros de história
como nome de herói nacional
Perpetuando meu nome
para todas as gerações futuras
terem algum motivo
pra se orgulharem de mim
Nem isso consegui
escrevo esse poema frustrado
que faz companhia
a outros tanto iguais
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Aquele jovem
Se aquele jovem morreu
foi de saudades
de algo que nunca conheceu
um amor de verdade
Mas não lamente sua solidão
e nem sua partida
Essas dores do coração
fazem parte da vida
Numa carta que me escreveu
dizia cansei de sonhar
vou para um lugar melhor
pro amigo que a leu
não se preocupar
com um destino tão só
foi de saudades
de algo que nunca conheceu
um amor de verdade
Mas não lamente sua solidão
e nem sua partida
Essas dores do coração
fazem parte da vida
Numa carta que me escreveu
dizia cansei de sonhar
vou para um lugar melhor
pro amigo que a leu
não se preocupar
com um destino tão só
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Um lamento qualquer em dois atos
O dia vai chegando
na sua segunda hora
e sentado na cama
dedilho as cordas do violão
Apago as luzes
e só as cordas ressoam
no escuro do meu quarto
sou feio, mas não importa
De nada vale
é um mundo de cegos
onde sons agradáveis
valem mais que aparências
II
Me permita chorar
no escuro da cama
quando penso quem sou
e na vida que tenho
Me perdoem
por pensar todas as noites
como seria melhor se eu não tivesse nascido
sonho com isso sempre
E nos sonhos alegres
me vejo feliz existindo
no limbo dos nunca nascidos
sem conhecer a dor da vida
na sua segunda hora
e sentado na cama
dedilho as cordas do violão
Apago as luzes
e só as cordas ressoam
no escuro do meu quarto
sou feio, mas não importa
De nada vale
é um mundo de cegos
onde sons agradáveis
valem mais que aparências
II
Me permita chorar
no escuro da cama
quando penso quem sou
e na vida que tenho
Me perdoem
por pensar todas as noites
como seria melhor se eu não tivesse nascido
sonho com isso sempre
E nos sonhos alegres
me vejo feliz existindo
no limbo dos nunca nascidos
sem conhecer a dor da vida
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Soneto sem título
Depois do poente
choveu de repente
vidros fechados
e homens molhados
Vivendo na solidão
de uma grande cidade
sobrevivendo numa situação
e escapando da realidade
O ônibus viaja apressado
um vento frio na janela
me dá vontade de dormir
Não vejo do meu lado
tão linda, ela
é hora de partir
choveu de repente
vidros fechados
e homens molhados
Vivendo na solidão
de uma grande cidade
sobrevivendo numa situação
e escapando da realidade
O ônibus viaja apressado
um vento frio na janela
me dá vontade de dormir
Não vejo do meu lado
tão linda, ela
é hora de partir
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