ou Pequenos textos que não seriam uma poesia se estivessem separados
Icaro pulou do prédio
mas como tinha asas de cera
Voou por cima da cidade
Ao descer, foi parado pelo guarda
Não tinha habilitação pra voar
Então perdeu as asas
A chuva na rua
Tem um lirismo próprio
Cada um no seu guarda chuva
cidade cheia de pessoas solitárias
No ônibus cheio ninguém se conhece
e todos tem pressa
E quanto mais gente, mais só você está
coisas da cidade grande
Em cima da minha cabeceira
Tem um mapa como poster
e outro a ser colado
Quero ver um poeta
Desses clássicos e bons
Encaixar sua métrica
e rimar com Liechtstein
domingo, 25 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Mate-me por favor
Mate-me por favor
De forma rápida e indolor
para que o fim da vida
Seja curto que nem ela
Todas as tristezas de uma existência
Sumindo rápido que nem vapor
E como se nada tivesse acontecido
O Sol siga brilhando
Nesse segundo de agonia
que meus amigos estejam ocupados
Para que nem se incomodem
com minha partida
A minha ausência
Não será sentida
Porque minha simplória presença
Nunca foi notada
Sinto que já vou tarde
Faço hora extra na vida
Mate-me por favor
De forma rápida e indolor
De forma rápida e indolor
para que o fim da vida
Seja curto que nem ela
Todas as tristezas de uma existência
Sumindo rápido que nem vapor
E como se nada tivesse acontecido
O Sol siga brilhando
Nesse segundo de agonia
que meus amigos estejam ocupados
Para que nem se incomodem
com minha partida
A minha ausência
Não será sentida
Porque minha simplória presença
Nunca foi notada
Sinto que já vou tarde
Faço hora extra na vida
Mate-me por favor
De forma rápida e indolor
sábado, 17 de abril de 2010
Desabafo
O vinho está no copo
E nossas amadas longe
Excuse moi
Esse verso começou errado
As antigas tabernas
são nossas festas
Onde sempre se está ébrio
Pra esquecer que está só
E assim dia a pós dia
Copo após copo
morrendo por dentro
consumido pelas tristezas
E o nosso figado
companheiro de solidão
Se por acaso sofre
Nâo menos sofre o coração
E nossas amadas longe
Excuse moi
Esse verso começou errado
As antigas tabernas
são nossas festas
Onde sempre se está ébrio
Pra esquecer que está só
E assim dia a pós dia
Copo após copo
morrendo por dentro
consumido pelas tristezas
E o nosso figado
companheiro de solidão
Se por acaso sofre
Nâo menos sofre o coração
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Mea Culpa
Toda noite escrevo versos
Que nunca chegam ao fim
Nascem bons mas se revelam
Não serem tão bons assim
Se entre o pensar da mente e o riscar da caneta
A idéia se perdeu
Melhor então que morra
verso que nunca foi meu
A culpa é de quem escreve
Ora, as palavras estão ai
esperando serem escritas
Que nunca chegam ao fim
Nascem bons mas se revelam
Não serem tão bons assim
Se entre o pensar da mente e o riscar da caneta
A idéia se perdeu
Melhor então que morra
verso que nunca foi meu
A culpa é de quem escreve
Ora, as palavras estão ai
esperando serem escritas
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Sonho
Ontem sonhei que era criança
Não foi um fato banal
E tive a sincera esperança
De que fosse real
Hoje sonhei que era feliz
O tempo não passava
E uma doce menina me abraçava
mnas assim Deus não quis
Acordei e era verdade
Na minha cama fria
E de volta à triste realidade
Cá estamos pra mais um dia
Não foi um fato banal
E tive a sincera esperança
De que fosse real
Hoje sonhei que era feliz
O tempo não passava
E uma doce menina me abraçava
mnas assim Deus não quis
Acordei e era verdade
Na minha cama fria
E de volta à triste realidade
Cá estamos pra mais um dia
terça-feira, 13 de abril de 2010
Página em Branco
A folha em branco
é um chamado
Um aviso sutil
De que algo deve ser escrito
Minhas amarguras enchem a página
Numa torrente
Como um rio de lágrimas
ou de sangue
Tímido
Me saio melhor escrevendo
Extremamente deprimido
O mal do nosso século
é um chamado
Um aviso sutil
De que algo deve ser escrito
Minhas amarguras enchem a página
Numa torrente
Como um rio de lágrimas
ou de sangue
Tímido
Me saio melhor escrevendo
Extremamente deprimido
O mal do nosso século
sábado, 10 de abril de 2010
Eu
Meus versos não são tão bonitos
Quanto os do poeta
Não tenho a lira de orfeu
nem suas belas donzelas
Sou antes versos simplórios
Que seguem só um fluxo de consciência
Não tenho a genialidade, a fluência
Dos colegas mais notórios
O Icaro da mitologia
morreu por sonhar alto demais
Pois ser feliz não é permitido
a todos os mortais
Quanto os do poeta
Não tenho a lira de orfeu
nem suas belas donzelas
Sou antes versos simplórios
Que seguem só um fluxo de consciência
Não tenho a genialidade, a fluência
Dos colegas mais notórios
O Icaro da mitologia
morreu por sonhar alto demais
Pois ser feliz não é permitido
a todos os mortais
Chuva e Frio
Tanto raio no céu
Que a noite vira dia
Tanta chuva e faz frio
um convite à introspecção
Escrever num quarto escuro
e ter a chuva como único som
no universo
naquele momento
Desde criança eu gosto
de dormir com esse barulho
Ajuda a sonhar mais longe
E como é bom sonhar.
Veja meus versos
peço desculpa pela simplicidade
Pela falta de rima
e de métrica adequada
E se ele não é tão divertido
nem fala de amor
NOvamente peço desculpas
É que sou muito amargurado
pra falar de algo tão nobre
Que a noite vira dia
Tanta chuva e faz frio
um convite à introspecção
Escrever num quarto escuro
e ter a chuva como único som
no universo
naquele momento
Desde criança eu gosto
de dormir com esse barulho
Ajuda a sonhar mais longe
E como é bom sonhar.
Veja meus versos
peço desculpa pela simplicidade
Pela falta de rima
e de métrica adequada
E se ele não é tão divertido
nem fala de amor
NOvamente peço desculpas
É que sou muito amargurado
pra falar de algo tão nobre
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Monotonia
Saio da vida pra entrar na história
Pensei em começar um verso simples
Usando essa frase famosa
pra me despedir de todos que amo
Mas cheguei à conclusão
de que nem fui digno de entrar pra história
E nem posso dizer propriamente que que vivi
A carta despedida continua existindo
Mas a frase terá que ser outra
Pensei em começar um verso simples
Usando essa frase famosa
pra me despedir de todos que amo
Mas cheguei à conclusão
de que nem fui digno de entrar pra história
E nem posso dizer propriamente que que vivi
A carta despedida continua existindo
Mas a frase terá que ser outra
terça-feira, 6 de abril de 2010
Uma noite pela janela do meu quarto
O céu que estava fechado
De repente ficou limpo
E a chuva se foi
A lua aparece escondida
tímida
atrás de algumas nuvens
São Jorge continua lá
e seu dragão também
na rua de trás
é um samba
uma festa
Nesse quarto
só minha mente faz barulho
exigindo que eu fique triste
mais uma noite
É mais forte do que eu
e essa noite
durmo esperando
não acordar pela manhã
De repente ficou limpo
E a chuva se foi
A lua aparece escondida
tímida
atrás de algumas nuvens
São Jorge continua lá
e seu dragão também
na rua de trás
é um samba
uma festa
Nesse quarto
só minha mente faz barulho
exigindo que eu fique triste
mais uma noite
É mais forte do que eu
e essa noite
durmo esperando
não acordar pela manhã
Assinar:
Postagens (Atom)