A vida, como venho vivendo
É perda de tempo
Sem glórias
O tempo passando
Sem projetos
O que irei contar pros meus netos?
Nada. Já vou me acostumando
Queria apagar o passado
Corrigir meu passo
Não ser um fracasso
Mas estou atrasado
Olho no relógio
É muito tarde
Aquele sentimento que invade
Tem sempre amargo sabor
Se parece com uma dor
E não era óbvio
Hoje eu sei e confirmo
Se chama ressentimento
Que come meu coração a ritmo lento
Como uma valsa maldita e eterna
Essas longas angústias modernas
Penso - reafirmo
É tarde pra pular da cama
É tarde pra sair da lama
Pra fingir se importar
Pra perder tempo em tentar
A vida é um longo caminho
Lento até o destino final
Rápido como o seu funeral
Onde sempre se morre sozinho
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
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