quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Poesia no concreto

Lua
pessoas
a brisa do mar banhado de esgoto

Gente vai, gente vem

Ponto cheio
buzu que não passa

Parou

Foram os carros
foi sinal
foi a correria
Por alguns segundos...

A selva tem pressa
o fluxo não para

Gente apressada
carro apressado
buzu nem tanto

Eu
de verdade
quero mais devagar

Cidade grande
ritmo irregular
rimas cinzas
versos confusos

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Dezpracinco

O relógio na parede parou
eram dez pras cinco
de um dia qualquer
naquela sala ninguém notou
típico lugar que o tempo engoliu

parou: disse uma velha mulher
e então se fez silêncio
saíram e a vida seguiu
passou e a terra girou

E ninguém se lembra agora
o que fez naquela hora
que o relógio parou