Sete e meia da manhã
bate o sino não há sino
na Praça da Sé
Acorda Mané
Acorda Flor
quem explica esse calor?
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
sábado, 23 de agosto de 2014
Alguns lá, outros cá
Confusão, engarrafamento, barulho
buzinas, exaltação, sirenes de polícia
gente desesperada sem saber onde ir
Deus relógio regulando o tempo
atrasao e abafamento, chega
Isso é lá!
Uma brisa a beira-mar
galera na praia nadando à tarde
uma cerveja sem importar o dia
sem o rei-relógio ajustando a alegria
onde tudo é motivo de cantar
quanto a nostalgia boa invade
Ah, isso é cá!
Onde o mar é grande e os prédios pequenos
ventos amenos onde quer que se ande
buzinas, exaltação, sirenes de polícia
gente desesperada sem saber onde ir
Deus relógio regulando o tempo
atrasao e abafamento, chega
Isso é lá!
Uma brisa a beira-mar
galera na praia nadando à tarde
uma cerveja sem importar o dia
sem o rei-relógio ajustando a alegria
onde tudo é motivo de cantar
quanto a nostalgia boa invade
Ah, isso é cá!
Onde o mar é grande e os prédios pequenos
ventos amenos onde quer que se ande
terça-feira, 5 de agosto de 2014
A gosto
Falam do pobre agosto
enjeitado por não ter feriado
ilhado longe do carnaval
triste apelidado de mês do desgosto
Dizem até que morre gente
que indecente esse mês afinal
é o mês do trabalhe e morra
o patrão da vida anual
é o malvado mês que impede
que se aprochegue a primavera
donzela sorridente e florida
estação que pede ser vivida
mas vou no caminho oposto
não guarde amor para a primavera
viva amando todo o ano
ame com gosto, ame a gosto
enjeitado por não ter feriado
ilhado longe do carnaval
triste apelidado de mês do desgosto
Dizem até que morre gente
que indecente esse mês afinal
é o mês do trabalhe e morra
o patrão da vida anual
é o malvado mês que impede
que se aprochegue a primavera
donzela sorridente e florida
estação que pede ser vivida
mas vou no caminho oposto
não guarde amor para a primavera
viva amando todo o ano
ame com gosto, ame a gosto
domingo, 27 de julho de 2014
Sobre algo de loucura
Há certos dias assim
onde nada faz sentido
um louco sai vestido
perto de um pouco de sanidade
para e olha pra mim
nessa louca ou rara cidade
Ora, ou todo mundo tá louco
ou eu surtei um pouco
a hora passa no topo do mundo
já é alta madrugada lá
mas eu estou cá no fundo
Muda o mundo e inverte o fundo
ou corro louco e escalo o topo?
onde nada faz sentido
um louco sai vestido
perto de um pouco de sanidade
para e olha pra mim
nessa louca ou rara cidade
Ora, ou todo mundo tá louco
ou eu surtei um pouco
a hora passa no topo do mundo
já é alta madrugada lá
mas eu estou cá no fundo
Muda o mundo e inverte o fundo
ou corro louco e escalo o topo?
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Metalinguagem
É difícil largar o poema
pra terminar depois
a inspiração some, pois
a caneta para, teima
o verso fica vazio
sem uma estrofe companheira
nenhuma rima inteira
o papel estéril e frio
Esse mesmo eu parei
deixei que acabasse agora
como se algo nessa demora
mudasse o que falei
inspiração é tão só momento
como o vento daquela janela
sem intenção de pintar aquarela
ela sabe ao menos tento
falo de algo como falo de nada
verso sem tema, tema é você
a pena ou caneta vão dizer
se tudo é apenas tinta borrada
pra terminar depois
a inspiração some, pois
a caneta para, teima
o verso fica vazio
sem uma estrofe companheira
nenhuma rima inteira
o papel estéril e frio
Esse mesmo eu parei
deixei que acabasse agora
como se algo nessa demora
mudasse o que falei
inspiração é tão só momento
como o vento daquela janela
sem intenção de pintar aquarela
ela sabe ao menos tento
falo de algo como falo de nada
verso sem tema, tema é você
a pena ou caneta vão dizer
se tudo é apenas tinta borrada
segunda-feira, 24 de março de 2014
A morte da espera
Esperar é uma pequena morte
é sofrer com um ponteiro
talvez não ser o primeiro
é angustia que abala o forte
Ah! essa espera que me mata
ponteiro que não quer marcar
sua hora de chegar
agora é a presença que me falta
A cidade me diz que vem
os indícios são fortes pra mim
Esse calor serve como um sim
a verdade que vale me convém
descobri algo pior que esperar
é você não aparecer
pior que esperar pra ver
é você nunca chegar
mas bom que você chegou
vamos fazer o tempo perdido
ser nada no que foi vivido
já que minha espera acabou
é sofrer com um ponteiro
talvez não ser o primeiro
é angustia que abala o forte
Ah! essa espera que me mata
ponteiro que não quer marcar
sua hora de chegar
agora é a presença que me falta
A cidade me diz que vem
os indícios são fortes pra mim
Esse calor serve como um sim
a verdade que vale me convém
descobri algo pior que esperar
é você não aparecer
pior que esperar pra ver
é você nunca chegar
mas bom que você chegou
vamos fazer o tempo perdido
ser nada no que foi vivido
já que minha espera acabou
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Dia de chuva na métropole do Sol
Nem todo dia é ensolarado
nem sempre se ferve a mente
quando o calor não é infernal
se esconde o Sol inclemente
e chove um pé d'água retado
de chuva de doer na gente
E inunda a rua
e o onibus para
a cidade engarrafa
carro atola em poça d'água
O céu fica escuro
como se fosse mais tarde
o dia some com medo
a noite chega sem alarde
e quem pensa ser mais cedo
Tá errado - eu juro
nem sempre se ferve a mente
quando o calor não é infernal
se esconde o Sol inclemente
e chove um pé d'água retado
de chuva de doer na gente
E inunda a rua
e o onibus para
a cidade engarrafa
carro atola em poça d'água
O céu fica escuro
como se fosse mais tarde
o dia some com medo
a noite chega sem alarde
e quem pensa ser mais cedo
Tá errado - eu juro
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Pequenos atrasos do cotidiano
João ia conhecer a cidade
mas perdeu o ponto
Maria abraçaria a felicidade
mas não leu o conto
O carro que faria a curva
escorregou no molhado da chuva
Pequenas tragédias, nenhuma comédia
talvez ironias do destino
esse maroto menino
que vive na tragicomédia
o onibus cheio te dá bom dia
e lamenta por quem não veio
acordou mais tarde, creio
se atrasou pro serviço que faria
A madame no ar condicionado
também se atrasa
me parece que o tempo passa
até pro carro importado
A verdade que não há hora
estamos sempre perdidos
até mesmo o recém-nascido
tá atrasado por isso chora
mas perdeu o ponto
Maria abraçaria a felicidade
mas não leu o conto
O carro que faria a curva
escorregou no molhado da chuva
Pequenas tragédias, nenhuma comédia
talvez ironias do destino
esse maroto menino
que vive na tragicomédia
o onibus cheio te dá bom dia
e lamenta por quem não veio
acordou mais tarde, creio
se atrasou pro serviço que faria
A madame no ar condicionado
também se atrasa
me parece que o tempo passa
até pro carro importado
A verdade que não há hora
estamos sempre perdidos
até mesmo o recém-nascido
tá atrasado por isso chora
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