Noite passada eu escrevi o amor
e alguma coisa me fez calar
Esse sentimento que pousa no ar
E um anjo, num lamento, roubou
Deitado nessa cama vazia
testemunhado pelo vento
veio chuva, fez lama. Roendo unhas ainda tento
enganar o tempo ou matar o dia
horas que escorrem do relógio sem opção
vou existindo no óbvio, sem ter que querer
sonhos que morrem afogados nessa coisa de viver
Versos que coitados, correm numa inútil ilusão
Numa indiferença que supera a dor
Fina e sutil como um dia chuvoso
raso e vazio o sentimento vaidoso
de não estar só, pedindo algo de calor
sábado, 27 de abril de 2013
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Qualquer verso
Minha inspiração nunca mais foi a mesma
uma vidinha sem ação, sem nada que se ponha no papel
olhando o céu, engolindo seco, indo na velocidade da lesma
num beco sem saída, fugindo de um destino traçado e cruel
seguindo sem objetivo, vivendo no automático, pra onde aponte o nariz
finjo que sou feliz, invento dias festivos, engano meus amigos
e todos pensam que está tudo bem, e sobrevivo evitando alguns perigos
encenando sem que caia o pano, evito olhares, um sorriso e a voz que diz
sexta-feira, 12 de abril de 2013
MIstérios
Chegamos no mundo sem que nos perguntem
e somos obrigados a viver nessas regras
que foram impostas antes de eu nascer
choramos ao nascer, como um resmungo pra viver
porque aprendemos a reclamar antes de equilibrar nas pernas
esperando achar nas dúvidas umas respostas que nos juntem
Vivemos assim, meio a contragosto, meio sem saber por que
apenas caminhando com a massa que tem as mesmas perguntas
gente que as vezes se esconde em aparências mas é igual a você
vivemos pra sentir intensamente, gozos e paixões queremos muitas
marcar a ferro quente essa loucura que é viver
Vivemos assim, para nos perder e nos complicar
andamos vendados, errando esquinas e confundindo bairros
nessa avenida de existir não existem atalhos nem carros
insistir nos erros, sangrar os calos de tanto andar
as vezes é tão rápido, amores que vem e vão
deixam prazeres, deixam dores e duram um verão
e no virar da estação, arrumamos outras cores pro coração
Mas é bom viver direito, aproveitar esse curto concerto
curtir o som imperfeito, amar e não se importar com defeitos
Por que um dia todo mundo morre
e somos obrigados a viver nessas regras
que foram impostas antes de eu nascer
choramos ao nascer, como um resmungo pra viver
porque aprendemos a reclamar antes de equilibrar nas pernas
esperando achar nas dúvidas umas respostas que nos juntem
Vivemos assim, meio a contragosto, meio sem saber por que
apenas caminhando com a massa que tem as mesmas perguntas
gente que as vezes se esconde em aparências mas é igual a você
vivemos pra sentir intensamente, gozos e paixões queremos muitas
marcar a ferro quente essa loucura que é viver
Vivemos assim, para nos perder e nos complicar
andamos vendados, errando esquinas e confundindo bairros
nessa avenida de existir não existem atalhos nem carros
insistir nos erros, sangrar os calos de tanto andar
as vezes é tão rápido, amores que vem e vão
deixam prazeres, deixam dores e duram um verão
e no virar da estação, arrumamos outras cores pro coração
Mas é bom viver direito, aproveitar esse curto concerto
curtir o som imperfeito, amar e não se importar com defeitos
Por que um dia todo mundo morre
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