O dia se foi
a noite está indo
O carnaval passou
Veio chuva, veio Sol
as estrelas me viram dormir só
minha barba cresceu
a cerveja acabou
só você não veio
Continua perdida onde eu não te alcance
Vive se escondendo pra me fazer esperar
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Outro ato
Não consegui dormir
vi da janela o amanhecer
A lua fugiu
e os passaros cantaram
Um dia que amanhece chuvoso
do verão que vai e volta
entre dias de praia
e dias de guarda-chuva
Barulhos na rua
a cidade volta a acordar
e o sono nem chegou
já é de verdade dia
O ano que começa
vem trazendo dias mais felizes
madrugadas que valem a pena
com o consentimento da lua
Da rua que vê apressada
onibus, carros, pessoas
sobrevivendo como dá
numa rotina frustrante
Acho que não tô fazendo sentido nenhum
vi da janela o amanhecer
A lua fugiu
e os passaros cantaram
Um dia que amanhece chuvoso
do verão que vai e volta
entre dias de praia
e dias de guarda-chuva
Barulhos na rua
a cidade volta a acordar
e o sono nem chegou
já é de verdade dia
O ano que começa
vem trazendo dias mais felizes
madrugadas que valem a pena
com o consentimento da lua
Da rua que vê apressada
onibus, carros, pessoas
sobrevivendo como dá
numa rotina frustrante
Acho que não tô fazendo sentido nenhum
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
O pombo
O pombo preto voa pro telhado
olha, pensa no outro telhado
para, me observa
Olho pra ele
que encontro fascinante de espécies
mas descobri o mistério
Ele apenas pensou:
"que ser primitivo
ele não sabe voar"
II
Até pensei em dizer
que minha espécie é evoluída
e construiu coisas
sei falar
sabemos fazer uma arma
pra matar pombos
Mas de nada adiantaria
Ele sabe voar
eu não
olha, pensa no outro telhado
para, me observa
Olho pra ele
que encontro fascinante de espécies
mas descobri o mistério
Ele apenas pensou:
"que ser primitivo
ele não sabe voar"
II
Até pensei em dizer
que minha espécie é evoluída
e construiu coisas
sei falar
sabemos fazer uma arma
pra matar pombos
Mas de nada adiantaria
Ele sabe voar
eu não
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
O buraco
Arraste o que resta do seu corpo decadente
Vá depressa em direção ao buraco
Sinta a vida indo embora
Lentamente
Melancolicamente
E dentro do buraco obscuro
Sozinho e triste
Apenas veja que não consegue olhar
pra fora, nem ver a saída
Todos te abandonaram
Ninguém fez questão de você
talvez te jogaram aí no fundo
Não importa como
nem importa o porque
O erro é só achar que as pessoas se importam
Vá depressa em direção ao buraco
Sinta a vida indo embora
Lentamente
Melancolicamente
E dentro do buraco obscuro
Sozinho e triste
Apenas veja que não consegue olhar
pra fora, nem ver a saída
Todos te abandonaram
Ninguém fez questão de você
talvez te jogaram aí no fundo
Não importa como
nem importa o porque
O erro é só achar que as pessoas se importam
Verso Roubado
Pega um fosforo, acende teu cigarro
ei, esse verso não é meu
mas já que o poeta morreu
escrevo eu, que não morro
Isso devia ser um soneto
com forma bonita e rima exemplar
mas pra que limitar a mente
e se esforçar em rimar
Versos livres aqui
rimas pobres acolá
E algo que possa ler
Vou ver a televisão
a qualidade não importa
mas no fim precisa vender
ei, esse verso não é meu
mas já que o poeta morreu
escrevo eu, que não morro
Isso devia ser um soneto
com forma bonita e rima exemplar
mas pra que limitar a mente
e se esforçar em rimar
Versos livres aqui
rimas pobres acolá
E algo que possa ler
Vou ver a televisão
a qualidade não importa
mas no fim precisa vender
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