Nunca mais escrevi
Estou em dívida comigo, assumo
Mas a poesia não tem me visitado
Tenho estado solitário
A quem interessa
minhas dores e derrotas
consecutivas decepções
Consumindo dia após dia
Escrever sempre me faz lembrar
Quão frustrante é viver
e no final das contas
a culpa disso é só minha
A menina de cabelo vermelho
Evaporou e sumiu
A de tênis branco
está longe, onde não sei
A bailarina
foi com o vento
Se sumir é tão fácil
Eu queria a receita
para ir também
Olho pro lado e estou só
Se todos os dias são assim
Porque me surpreendo com a rotina ?
domingo, 13 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
O Quarto
Enconstado no canto
está o violão
Seis cordas de nylon
e desafinado
Livros e papéis
espalhados em cadeiras
uma desordem
muito organizada
O armário velho
atacado pelos cupins
Com as portas abertas
e a coleção de camisas
O calendário do ano
da fábrica de jurubeba
Tem os dias passados
devidamente riscados
Pra sempre lembrar
que cada dia que passa
é um a menos
e assim vamos
Janelas fechadas
o quarto abafado
calor cortado
por um ventilador
Uma sensação ruim
de que nada acontece
Pois estou sempre aqui
só com meus pensamentos
porque decidi falar sobre meu quarto ?
sei lá
está o violão
Seis cordas de nylon
e desafinado
Livros e papéis
espalhados em cadeiras
uma desordem
muito organizada
O armário velho
atacado pelos cupins
Com as portas abertas
e a coleção de camisas
O calendário do ano
da fábrica de jurubeba
Tem os dias passados
devidamente riscados
Pra sempre lembrar
que cada dia que passa
é um a menos
e assim vamos
Janelas fechadas
o quarto abafado
calor cortado
por um ventilador
Uma sensação ruim
de que nada acontece
Pois estou sempre aqui
só com meus pensamentos
porque decidi falar sobre meu quarto ?
sei lá
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Cafeína e pensamentos
Na noite passada
não consegui dormir
Culpa da cafeína
Fiquei pensando em certos poemas
que escrevo pra ninguém
que se perderão no ar
Na dureza do espaço-tempo
Minha musa é a solidão
Essa sim não me abandona
Vem me fazer companhia
Em todas as madrugadas frias
Minha companheira é a amargura
nas longas tardes vermelhas
E nas belas noites estreladas
Quando ando por aí
Com o pensamento longe
estou com a tristeza
Possesisva e intensa
E que a lua abençõe
Os meus três amores
Solidão, amargura e tristeza
Amém !
não consegui dormir
Culpa da cafeína
Fiquei pensando em certos poemas
que escrevo pra ninguém
que se perderão no ar
Na dureza do espaço-tempo
Minha musa é a solidão
Essa sim não me abandona
Vem me fazer companhia
Em todas as madrugadas frias
Minha companheira é a amargura
nas longas tardes vermelhas
E nas belas noites estreladas
Quando ando por aí
Com o pensamento longe
estou com a tristeza
Possesisva e intensa
E que a lua abençõe
Os meus três amores
Solidão, amargura e tristeza
Amém !
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Aqui
Quero ir embora daqui
Muito rápido
pra ontem
Cortar as amarras da vida
mas não o aqui físico
que se estuda em geografia
Cuzco ou Buenos Aires
não quero nenhum aqui
Quero sim um não-lugar
Livre de todos os aquis
Onde eu possa ficar em paz
E simplesmente não existir
Especial diz o ônibus
apagado, solitário
Será por essa razão
Que dizem que sou especial
É Sexta-Feira
O bar está cheio
e a igreja vazia
Sinal das escolhas dos filhos de Deus
Vale mais a pena
pagar a cerveja
do que o dízimo
que o pastor cobra
Muito rápido
pra ontem
Cortar as amarras da vida
mas não o aqui físico
que se estuda em geografia
Cuzco ou Buenos Aires
não quero nenhum aqui
Quero sim um não-lugar
Livre de todos os aquis
Onde eu possa ficar em paz
E simplesmente não existir
Especial diz o ônibus
apagado, solitário
Será por essa razão
Que dizem que sou especial
É Sexta-Feira
O bar está cheio
e a igreja vazia
Sinal das escolhas dos filhos de Deus
Vale mais a pena
pagar a cerveja
do que o dízimo
que o pastor cobra
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